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V Colóquio ProfLetras Unesp (FCLAs)

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Evento sobre Metodologias de ensino-aprendizagem de linguagens, com foco nos letramentos, o V Colóquio ProfLetras Unesp tem o objetivo de refletir sobre abordagens e perspectivas epistemológicas de educação de língua portuguesa de modo transversal, em diálogo com outras linguagens (não-verbais e sincréticas), em acordo com as diretrizes dos documentos que normatizam a educação básica, como os PCNs e a BNCC. 


Tendo o texto/discurso como unidade linguística e os gêneros discursivos/textuais como elementos centrais dos multiletramentos, que consideram as competências e habilidades de leitura e escrita de enunciados configurados de modos singulares, sem deixarem de ser elos na cadeia discursiva histórica e humana, este Colóquio pretende estimular debate e reflexão sobre a interpretação de textos/discursos variados (acadêmicos, estéticos, políticos, filosóficos, entre outros), por meio de suas estruturas genéricas (resenha, artigo de opinião, notícia, propaganda, bilhete, fichamento, HQ, série, filme, charge, tira, canção, música, embalagem, rótulo, pintura, poesia, romance, conto, crônica, novela, ensaio, entre outros), não apenas como unidades de linguagem (linguísticas e literárias), mas também como unidades cognoscíveis humanas que refletem e refratam pensamentos, modus vivendi e modus operandi, que revelam processos histórico-políticos e socioculturais para compreender melhor o ethos e as valorações constitutivas de determinada interação. 


Com o intuito, também, de contribuir para e com o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa (ou Língua brasileira) e Literaturas produzidas nessa língua, este encontro pretende proporcionar um espaço-tempo de formação, de troca de experiências e de debate de pesquisas, pautado nos princípios de acessibilidade, inclusão, equanimidade e de qualidade do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 4 da ONU, que visa promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, em consonância com o que Freire propõe como educação democrática, com autonomia e protagonismo do estudante com visão crítica, como estímulo de assunção da cidadania. 

Em tempo de Fake News, guerra psicológico-cognitiva, ascensão da extrema direita no mundo, com total desprezo pela educação (dado o seu perigo) e Inteligência Artificial (IA), a justificativa é a relevância da tomada de consciência linguística como forma de tomada de consciência de si, do outro e d(e estar n)o mundo.  


Para isso, o Colóquio, dividido em dois encontros (dias), será composto por um minicurso de 8h, realizado em um dia, sobre Metodologia do texto/discurso científico e, no segundo encontro, por uma conferência e apresentações de trabalho (em três modalidades possíveis: rodas de conversa, sessões de comunicação individual e sessões de relatos de experiências). O evento é aberto a todos/as e será hibrido para proporcionar troca de experiências em rede, como se configura o ProfLetras.

público-alvo abrange estudantes e egressos do ProfLetras, professores da educação básica, estudantes de cursos de licenciaturas em Letras, Linguística, Educação e Pedagogia, alunos pós-graduação stricto e lato sensu, acadêmica ou profissional, em nível de Especialização, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado, professores de ensino superior com pesquisas e vivências de ensino-aprendizagem e/ou extensão em letramentos na educação básica e está aberto aos interessados das comunidades acadêmica e externa em geral. 


Em tempo de desvalorização do conhecimento e da formação acadêmica como projeto político de aniquilação de mentes críticas, com vistas à manipulação e à dominação, refletir sobre o papel da escola e suas metodologias ativas se justifica pela urgência de resistência sociocultural, até como resposta ao ataque que a educação tem sofrido. Uma forma acadêmica e científica de posicionamento. Afinal, uma sociedade mais educada (educação em sentido amplo) é uma sociedade mais ativa, com menor facilidade de ser ludibriada e cooptada por discursos falsos, maquiados em nome de um deus partidário e de "verdades" relativas que desconsideram o coletivo em benefício próprio. Em outras palavras, uma sociedade menos alienada, que questiona e não admite fazer (ou continuar em) o papel de subserviência que, muitas vezes, líderes políticos e grupos econômicos, na superestrutura, querem, inclusive aparatados pelo Estado, nos /fazer-crer/, é uma sociedade que luta por seus direitos e deveres, na construção contínua de um mundo menos injusto e menos desigual. Por isso, o V Colóquio ProfLetras Unesp preza pela interpretação ativa, pois, segundo Bakhtin (2017, p. 64): "[...] a interpretação das estruturas simbólicas [...] entranha-se na infinitude dos sentidos simbólicos".


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