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XX Jornada Nacional de Linguística e Filologia de Língua Portuguesa - LETRAS: Da formação que temos para a que precisamos – Edição UEMS

NEAD - Núcleo de Estudos em Análise do Discurso

Questões em torno do ensino de línguas e suas literaturas, nas últimas décadas, têm gerado debates, propostas, “recomendações”, atualizações, formação continuada, etc. Além disso, há uma quantidade imensurável de pesquisas desenvolvidas na pós-graduação e institutos especializados, que visam averiguar e traçar um quadro do desempenho dos alunos do ensino fundamental e médio de um lado, e, de outro, dos agentes de formação e das universidades. No entanto, do ponto de vista da formação do professor de Letras não se constatam debates intensos, no sentido de uma discussão sobre concepções da formação do professor nas áreas de Letras, ao que parece, não tem estado na ordem dia.


Os cursos de Letras nas universidades, além da recomendação do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação, recebem apenas orientações sobre algum tópico para alteração e/ou inclusão nos projetos políticos pedagógicos. Além disso as “reformulações” não “discutem” concepções, mas sim conteúdos e disciplinas. Apesar das reflexões e das alterações, não se discute concepção de Letras em relação às demandas sociais e educacionais. Discutem-se parâmetros BNCC – Base Nacional Comum Curricular – e as universidades, com seus instrumentos e mecanismos, procuram interpretar as propostas e implementá-las.


Conjunturalmente, na práxis das construções e reformulações dos projetos políticos pedagógicos, observam-se posicionamentos limitados a acrescentar disciplinas ministradas na pós-graduação, adaptar conteúdos de disciplinas com base em “a minha universidade era assim”, eu “acho” isso ou aquilo. Considerando ainda que há um aspecto político dos professores e outro das instituições. E um outro ainda, tem havido uma considerável falta de diálogo entre as universidades e as Secretarias de Educação Municipal e Estadual.


A partir destas breves considerações, fica evidente haver necessidade de um diálogo “próximo” e “franco” sobre as questões reais que se colocam no contexto abordado (não apenas as capacitações e formações continuadas que todo ano se repetem). É importante considerar que tanto os estados quanto as prefeituras possuem condições técnicas de traçar um perfil não só da atuação do professor, quanto de sua formação. Ter em conta alguns aspectos dos perfis das Secretarias poderia contribuir para pensar as questões gerais e peculiares - apesar da diversidade – da formação dos professores. Convém ressaltar que há avaliações feitas tanto pelo governo federal quanto estadual, para averiguar a proposta de formação.


Na nossa práxis das construções dos projetos políticos pedagógicos – digo dos quais participei -, atualizações e reformulações não têm sido uma prática de trocas de informações entre quem forma o professor e quem precisa atuar com o profissional. A Universidade forma e o estado e os municípios, em suas funções, criam condições para a atuação do professor.


Assim, a partir das questões levantadas até aqui, a proposta do evento é fazer uma discussão sobre formação dos Cursos de LETRAS: Da formação que temos para a que precisamos. Um diálogo que leve em conta, além de nossas experiências de sala de aula e pesquisas, um debate também com outros segmentos como Secretarias de Educação do Município, Estado e Conselho Estadual de Educação. A perspectiva do evento é a construção de um dossiê sobre trocas de experiências.


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