Pedro Farias Francelino
Professor Pesquisador
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Pedro Farias Francelinio é Doutor em Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com Pós-doutorado em Linguística pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Professor Titular do Departamento de Língua Portuguesa e Linguística (DLPL) e docente permanente do Programa de Pós-graduação em Linguística (PROLING) da UFPB. Líder do Grupo de Pesquisa em Linguagem, Enunciação e Interação (GPLEI). Membro do Grupo Estudos Bakhtinianos da ANPOLL. Desenvolve estudos e pesquisas em Teorias do Discurso, especificamente, na vertente da Análise Dialógica do Discurso.
Principais projetos
Relações dialógicas e bivocalidade na construção do posicionamento axiológico em enunciados religiosos de temática política na mídia virtual
FRANCELINO, Pedro Farias.
Pesquisa (Iniciação Científica)
2023-2024 (em andamento)
Este projeto de pesquisa se insere na perspectiva teórico-metodológica da Análise Dialógica do Discurso e tem como foco de investigação as variadas formas de representação da bivocalidade (BAKHTIN [1963], 2005) no discurso religioso, particularmente, aquele que vem se constituindo no Brasil dos últimos anos, em um entrecruzamento tenso constitutivo com o discurso político. Objetiva, de modo geral, analisar o posicionamento dos sujeitos autores de enunciados religiosos com temática política, veiculados em mídia virtual, concretizados mediante fenômenos discursivos como estilização, paródia e polêmica. Para isso, parte das seguintes indagações: como o sujeito constrói seu(s) posicionamento(s) acerca de fatos refratados pelas lentes do discurso religioso-político? Que discursos/vozes são mobilizado(a)s para a construção dos pontos de vista que circulam nesses enunciados? Que relações dialógicas são estabelecidas e com que configuração estilístico-composicional esses enunciados se apresentam nesse espaço virtual de interação social? O estudo fundamenta-se nos escritos de Bakhtin e Volóchinov e nas pesquisas desenvolvidas no Brasil. Em relação aos aspectos metodológicos, esta investigação caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica e documental, pautada pelo paradigma qualitativo-interpretativista no que concerne à descrição e análise dos dados. O corpus é constituído de postagens feitas em redes como Facebook e Instagram, as quais incluem gêneros discursivos como charges, cartuns, tirinhas e memes. Espera-se, com o estudo, observar como os autores dos enunciados veiculam seus posicionamentos valorativos acerca dos temas que retratam/refratam e sob que formas discursivas esses enunciados se concretizam nas interações.

Todas as vidas importam: jogos multiletrados - transformação sociocultural sustentável
PAULA, Luciane de
Extensão Universitária - Apoio: PROEC
2023-2026 (em andamento)
Este projeto de extensão tem como objetivo propor e implementar atividades de leitura e produção de gêneros discursivos diversos na escola e fora dela, possibilitando uma formação multiletrada crítica. O público das ações socioculturais educativas transita entre o último ano do ensino fundamental II (9º ano) e o ensino médio (1º, 2º e 3º anos) e também se volta às associações e coletivos culturais e sociais. Os textos trabalhados, de diversas materialidades (canção, videoclipe, filme, série, pintura, HQ, jogos etc), tratarão de temas contemporâneos e contemplarão conteúdos de Linguagens e Artes, produzidos por autores-criadores negros, mulheres e da comunidade LGBTQIAP+. Interessa proporcionar, de forma dialógica, discussões acerca das desigualdades e da intersecção raça-gênero-classe na escola e na sociedade, a fim de refletir acerca da heterogeneidade das diversidades e proporcionar equidades. O projeto, experimental e interventivo, tem caráter extensionista, associado à pesquisa, ao ensino e à inovação. A proposta parte de uma escola pública da cidade de Assis, interior de São Paulo, para, a partir das vivências, desenvolver protótipos de ensino e jogos pedagógicos produzidos com material reciclado, que possam ser adaptados e aplicados em outras comunidades (locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais). Com isso, estimular a inclusão entre jovens, na escola, na comunidade e na universidade (graduação e pós-graduação); e visibilizar vozes e sujeitos excluídos (por preconceito e discriminação), ao potencializar seus saberes, assim como uma forma de sociabilidade de suas culturas, tramadas como formas de atuação – em consonância com os ODS 4, 5, 10,16 e 17, de maneira transversal.

