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Rosa Maria Araújo Simões

Professora Pesquisadora

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

É Doutora em Ciências Sociais (área de concentração: Relações sociais, poder e cultura) pela Universidade Federal de São Carlos (2006), Mestra em Ciências da Motricidade (1999) - (linha de pesquisa: Filosofia e Sociologia do Movimento Humano) e Bacharel em Educação Física (1993) ambos pela Unesp campus de Rio Claro. Foi Chefe do Departamento de Artes e Representação Gráfica da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp campus de Bauru (três mandatos), onde atua como docente desde 2002. Tem experiência nas áreas de Artes, Artes Corporais, Antropologia da Arte, Artes Afrodescendentes, Diversidade, Arte-educação e Música Medicina. Atua principalmente nos seguintes temas: saberes tradicionais, culturas populares, atividades lúdicas, artes populares, capoeira angola, danças folclóricas, expressão musical, antropologia da performance, antropologia das populações afro-brasileiras, práticas corporais e processos interculturais e interartísticos. É Mestra de Capoeira Angola formada em janeiro de 2019 por Mestre Pé de Chumbo do Centro Esportivo de Capoeira Angola - Academia de João Pequeno de Pastinha. Atuou na Pós-graduação "Latu Sensu" em Arte-Educação da FCT/Unesp campus de Presidente Prudente.

Principais projetos

Artivismo, meio ambiente e bicicleta como forma de interação e sensibilização para a preservação do Cerrado Paulista

Artivismo, meio ambiente e bicicleta como forma de interação e sensibilização para a preservação do Cerrado Paulista

SIMÕES, Rosa Maria Araújo.

Pesquisa

2021-atual (em andamento)

Este projeto surge para refletir sobre algumas transformações ocorridas com a pandemia da Covid 19, e em alguma medida, satisfazer duas necessidades humanas amplificadas pelo isolamento e pelo distanciamento social: respirar ar puro e cultivar a liberdade do corpo em movimento pelo espaço. Com a pandemia, o ato de respirar passou a ser disciplinado e transformado pelo uso de máscara e o trabalho remoto (para quem pudesse) adotado para reduzir as possibilidades de contágio, também reduziu os movimentos do corpo, restrito à cadeira, às telas e a uma elevada carga horária de trabalho. Esse cenário, relacionado às transformações culturais com o uso exacerbado das novas tecnologias, tem sido abordado por diversos autores. Parte-se do pressuposto de que é possível, com deslocamento em bicicleta pelas trilhas do cerrado do oeste paulista, ativar o fluxo criativo em artes, produzir arte ambiental e conseguir manter a integridade física, mental e emocional, desafiadas pela pandemia. Essa natureza convida-nos a senti-la, respirá-la, conhecê-la e, preservá-la. O cerrado possui uma grande biodiversidade e potencial aquífero. É o segundo maior bioma da América do Sul e, também, o segundo maior do Brasil mais ameaçado. Com a intenção de estimular um estilo de vida sustentável e com os objetivos de promover a arte e ativar o fluxo nos processos criativos em artes, será realizada revisão bibliográfica, pesquisa de campo com coleta de dados, obtida pela deriva psicogeográfica, em três municípios do cerrado paulista: Bauru, Agudos, Piratininga. Trata-se de um projeto alinhado à área de Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável, com foco na preservação ambiental.

Corpo, deriva psicogeográfica e o despertar dos sentidos: work in process em arte da performance e estéticas latinoamericanas

Corpo, deriva psicogeográfica e o despertar dos sentidos: work in process em arte da performance e estéticas latinoamericanas

SIMÕES, Rosa Maria Araújo.

Pesquisa

2018-atual (em andamento)

Considerando a crise instaurada na sociedade contemporânea e a inspiração na América Latina como um laboratório da pós-modernidade (Maffesoli, 2012) no qual é possível vislumbrar um “estar-juntos antropológico do Sul” e uma América Latina tida como uma comunidade que se nutre de emoções e de lógicas do múltiplo que conformam os trajetos em constante re-evolução, este trabalho tem como ponto de partida a tese básica de Capra (2012) de que os elementos da crise apontados “são facetas diferentes de uma só crise, que é essencialmente, uma crise de percepção”. Maffesoli (2014) afirma ser possível assistir agora “à elaboração de uma aura estética na qual se reencontrarão, em proporções diversas, os elementos que remetem à pulsão comunitária, à propensão mística ou a uma perspectiva ecológica”. Tal aura estética é forjada a partir de uma sensibilidade coletiva que se apoia na união do macrocosmo e dos microcosmo. A performance art, no limite entre as artes visuais e cênicas, será explorada, pois, nela, o corpo do artista é objeto de arte; o tempo, elemento de linguagem; o público, participante; além de romper paradigmas, ser multidisciplinar e transgressora. Esta investigação se volta ao processo criativo da arte da performance, no qual o corpo é uma profusão do sensível e incluído no movimento das coisas, mesclando-se a elas, com todos seus sentidos. Em busca dos encontros possíveis pautados numa razão sensível e de compreender e refletir sobre meu processo criativo em performance art, a partir de estéticas latino-americanas, será realizada uma reflexão antropológica pautada na deriva psicogeográfica, na antropologia da performance e na antropologia dos sentidos.

A capoeira angola de Mestre João Pequeno de Pastinha

A capoeira angola de Mestre João Pequeno de Pastinha

SIMÕES, Rosa Maria Araújo.

Extensão

2023-atual (em andamento)

A capoeira angola é um estilo de capoeira, simultaneamente, jogo-de-luta-dançada, brincadeira, arte, filosofia de vida, além de ser uma das mais representativas manifestações da cultura afro-brasileira. O projeto A capoeira angola de Mestre João Pequeno visa promover o aprendizado de suas habilidades corporais específicas (os movimentos de defesa e ataque, tais como rabo-de-arraia, aú, rasteira, ginga etc.), dos toques nos instrumentos musicais utilizados numa roda de capoeira para a realização do jogo (berimbaus, pandeiro, agogô, reco-reco, atabaque), dos cantos, de sua história, levando em consideração os fundamentos da Academia de João Pequeno de Pastinha, um velho mestre que foi um guardião desse tesouro nacional até 09 de dezembro de 2011, quando faleceu aos 93 anos. Nossos encontros acontecem desde o início do ano de 2004 realizados quatro vezes por semana. Atende o público universitário da comunidade unespiana e não unespiana no campus da Unesp de Bauru. Atende também 30 crianças do projeto social do Instituto Toledo. Além de freqüentarem as aulas, os alunos desenvolvem pesquisas e participam de Encontros Nacionais e Internacionais de Capoeira Angola nos quais podem aprender e/ou se aperfeiçoarem nesta arte com renomados mestres, além de participarem de apresentações artísticas por meio das tão esperadas rodas de capoeira angola e samba de roda.

Todas as vidas importam: jogos multiletrados - transformação sociocultural sustentável

Todas as vidas importam: jogos multiletrados - transformação sociocultural sustentável

PAULA, Luciane de (Coordenadora) et al.

Extensão

2023-2024 (em andamento)

Este projeto de extensão tem como objetivo propor e implementar atividades de leitura e produção de gêneros discursivos diversos na escola e fora dela, possibilitando uma formação multiletrada crítica. O público das ações socioculturais educativas transita entre o último ano do ensino fundamental II (9º ano) e o ensino médio (1º, 2º e 3º anos) e também se volta às associações e coletivos culturais e sociais. Os textos trabalhados, de diversas materialidades (canção, videoclipe, filme, série, pintura, HQ, jogos etc), tratarão de temas contemporâneos e contemplarão conteúdos de Linguagens e Artes, produzidos por autores-criadores negros, mulheres e da comunidade LGBTQIAP+. Interessa proporcionar, de forma dialógica, discussões acerca das desigualdades e da intersecção raça-gênero-classe na escola e na sociedade, a fim de refletir acerca da heterogeneidade das diversidades e proporcionar equidades. O projeto, experimental e interventivo, tem caráter extensionista, associado à pesquisa, ao ensino e à inovação. A proposta parte de uma escola pública da cidade de Assis, interior de São Paulo, para, a partir das vivências, desenvolver protótipos de ensino e jogos pedagógicos produzidos com material reciclado, que possam ser adaptados e aplicados em outras comunidades (locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais). Com isso, estimular a inclusão entre jovens, na escola, na comunidade e na universidade (graduação e pós-graduação); e visibilizar vozes e sujeitos excluídos (por preconceito e discriminação), ao potencializar seus saberes, assim como uma forma de sociabilidade de suas culturas, tramadas como formas de atuação – em consonância com os ODS 4, 5, 10,16 e 17, de maneira transversal.

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