

Adiado para 2021
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte


V Simpóstio Internacional de Estudos Discursivos
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GED
Oficinas
Oficina 1.
O corpo em enunciados estéticos: Slam,fantasia e distopia
Daniele Freire da Silva(UFRN/GEBAK)
Rafael Oliveira da Silva (UFRN/GEBAK)
Mikaela Silva de Oliveira (UFRN/GEBAK)
O corpo em movimento, o corpo falado, o corpo falado/dito, o corpo voz e polifônico. O corpo em cena e o corpo em universos da fantasia e distópico. A oficina tem como finalidade discutir e analisar a representação/refração do corpo em enunciados estéticos advindos tanto do/no Slam quanto em romances onde predominem a fantasia e a distopia. Fundamenta a proposta, os postulados teóricos do Círculo de Bakhtin e de pensadores que sistematizam uma abordagem histórica, cultural do corpo em sua heterogeneidade e diversidade.
Oficina 2.
A expressão do corpo grotesco na estética da cultura popular pernambucana
Hélio Pajeú (UFPE)
Para Mikhail Bakhtin o corpo é materialidade de eventos singulares e assinatura dos sujeitos constituídos pela linguagem, pela história e pela ideologia. É sempre inacabado e só se torna um todo quando contemplado pelo outro. Em sua visão, o corpo grotesco que arquiteta a cultura popular não é estático, esforça-se, nada obstante, por revelar o devir, o crescimento, o inacabamento perene da existência: o que parte e o que chega, o que morre e o que nasce, a ambivalência que materializa dois corpos no interior de um único. Neste sentido, compreende o corpo numa perspectiva material e cósmica em que a ousadia aguçada que delineia a sua estética é o rebaixamento de tudo que é altivo, intelectual, utópico e transcendental para o orbe terreno na sua integração, no deslocamento do plano espiritual para o carnal e corporal. Nele as esferas ética e estética estão abotoadas de modo indissolúvel numa arquitetônica aberta e impartível que constitui a estética da cultura popular sob um aspecto alegre, jocoso e livre. Destarte, essa oficina de expressão corporal tem por objetivo desenvolver algumas percepções sobre o corpo, na perspectiva bakhtiniana, tendo por base o que ele compreende por carnavalização e realismo grotesco na estética da cultura popular carnavalesca. Volta-se, portanto, à conscientização dos elementos de expressão corporal encontrados na cultura popular que mesclam o sagrado e profano, por meio de atividades teórico-práticas que envolvem a voz, o som, o gesto e a palavra que potencializam as manifestações populares da cultura carnavalesca pernambucana, tais como o frevo, o coco de roda, o maracatu, os caboclinhos, o afoxé e a ciranda, que permitem em dias de festa interações de intercorporeidade nos espaços públicos da cidade para produzir enunciados por meio de suas expressões e constituir no corpo um lugar de resistência às ortodoxias. Deste modo, a oficina é voltada para qualquer sujeito que tenha curiosidade de compreender como se arquiteta o corpo grotesco e como ele compõe a estética das manifestações da cultura popular pernambucana.