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Pesquisas - Marcela Barchi Paglione (UNESP/FCLAr)

Doutorado

Fenômeno Sherlock: a recepção social do gênero seriado

Marcela Barchi Paglione, 2015

 

A presente pesquisa se centra no gênero discursivo seriado, a fim de refletir sobre sua construção arquitetônica, o que engloba sua produção e circulação social em uma esfera de atividade específica, a televisiva, além da recepção por um grupo de telespectadores. Para tal, tem-se como objeto o seriado Sherlock (2010), da rede BBC, em especial a terceira temporada. O cerne da pesquisa se encontra nas formas de recepção social do gênero, principalmente a narrativa transmídia (Jenkins, 2006) como concretização da escuta-ativa dos telespectadores em relação ao episódio-enunciado, pois esses transcendem as barreiras do seriado televisivo em diferentes plataformas digitais, como blogs, fanfics e fanarts. Visto que todo enunciado é responsivo, (Bakhtin, 2003), respondente a outros em sua memória de passado e memória de futuro, entende-se a narrativa transmídia como uma forma de ampliação do diálogo com o público a partir da convergência das mídias dentro de uma franquia. Sendo assim, analisar-se-á os enunciados do fenômeno transmídia enquanto respondentes ao seriado Sherlock, ativa compreensão responsiva em sociedade, a qual (re)significa os enunciados do gênero em sociedade. 

 

Orientadora: Luciane de Paula

Iniciação Científica

Sherlock Holmes: A constituição dialógica do sujeito (e) da série televisiva.

Marcela Barchi Paglione, 2014

 

Esta pesquisa analisa a série Sherlock (2010), da rede BBC. Em especial, o sexto episódio, intitulado The Reichenbach Fall. O cerne da pesquisa se encontra na análise do sujeito Sherlock em relação ao seu opositor, Jim Moriarty, visto como um dos “outros” necessários à construção do “eu” de Sherlock, junto com Watson. Levam-se em consideração os aspectos dialógicos e ideológicos intrínsecos à série, pois se trata de um outro gênero, extremamente midiático, construído de maneira interdiscursiva e intertextual – recriação a partir das obras policiais de Conan Doyle. Tanto no discurso literário quanto no da série, a trama ocorre na Inglaterra. Todavia, as narrativas se passam em tempos distintos. A obra de Doyle, na era vitoriana, enquanto Sherlock (2010) é ambientado no século XXI. Assim, analisam-se as mudanças de composição do protagonista em relação ao enunciado original, visto, principalmente, que a alteração espaço-temporal e genérica leva a mudanças de valores individuais e sociais. Por isso, tanto quanto no discurso da obra, esta pesquisa se propõe a investigar a ética do sujeito principal da série (e das obras literárias), a fim de refletir sobre a relação vida e arte na composição arquitetônica da série.

 

(Pesquisa de Iniciação Científica financiada pela FAPESP, processo nº 2013/26027-2)

 

Orientadora: Luciane de Paula

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